Por Fabrício Santos
Comunicação CFC
Ética e Compliance e os paradigmas e desafios para os profissionais da contabilidade. Esse foi o tema da primeira parte do workshop que reuniu, na manhã desta quinta-feira (21), no Plenário do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), em Brasília (DF), conselheiros, funcionários e convidados. O curso foi aberto pelo vice-presidente de Desenvolvimento Profissional, Nelson Zafra.
O vice-presidente Nelson Zafra
Ministrado pelo contador Laudelino Jochem, o workshop abordou, principalmente, a importância dos valores morais e éticos. Para Jochem, “a ética está intrinsecamente ligada à contabilidade porque as Ciências Contábeis são um grande instrumento para apresentar à sociedade as demonstrações transparentes”.
O palestrante reforçou a importância da literatura filosófica para destacar elementos que orientam a conduta profissional. Segundo Laudelino, ética é a reflexão filosófica sobre os princípios axiológicos que fundamentam as ações morais e a moral, o conjunto de “bons costumes” e “boas condutas” de uma determinada cultura.
Mas, o que seria Compliance? Jochem afirma que, no cenário contábil, compliance é estar alinhado às regras, às normas e principalmente aos valores morais e éticos de uma organização. “Na Contabilidade, há verdades, angústias e incertezas desse segmento”, completa Laudelino.
Na oportunidade, o palestrante entregou, aos participantes do curso, um exemplar do livro “Ética e Compliance – paradigmas e desafios dos profissionais da contabilidade”, de sua autoria com o professor de história e pós-graduado em Filosofia José Martins. “O objetivo essencial da ética e compliance, no mundo contábil, é fundamentar e debater elementos norteadores da ética do profissional da contabilidade para que os profissionais possam aplicar esses elementos no cotidiano, buscando desempenhar a Contabilidade dentro de padrões éticos”, finaliza Jochem.
Holding familiar
O segundo tema apresentado no workshop foi sobre o “Processo sucessório familiar via holding patrimonial”, ministrado pelo contador e conselheiro do CFC, João Alfredo de Souza Ramos.
O palestrante fez uma abordagem sobre a importância para o profissional da contabilidade em conhecer todo o processo de holding familiar. “É necessário esse conhecimento do contador sobre holding familiar para que ele cuide de todas as fases do processo”, disse João Alfredo.
O termo holding significa controle do patrimônio. Segundo o conselheiro, as principais razões para se constituir uma holding familiar são preservar o patrimônio da família e minimizar conflitos na sucessão.
O palestrante debateu entre os participantes sobre qual o tipo de sociedade recomendada para a constituição de uma holding familiar, se sociedade anônima ou limitada. “A constituição de uma holding familiar, sob a modalidade de sociedade limitada ou sociedade anônima, deverá ser previamente analisada, tendo em vista as particularidades de cada caso”, finaliza o palestrante.
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